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Dino Slender's avatar

Parabéns pelo post!

Brand Equity não é uma barreira de entrada, mas sim, um intangîvel a ser analisado por diferentes perspectivas.

A principal, talvez seja a PERCEPÇÃO DE VALOR.

A Toyota tem um sedã com belo design, tecnológico, de aspiração e status, o Crown. Mas, mesmo assim, os japoneses preferiam pagar mais caro num Mercedes.

A Toyota entendeu que por mais “luxuosos” que fossem seus carros, a marca não tinha status de Mercedes/BMW. Criaram então a Lexus.

Que usa a mesma base dos modelos Toyota, adicionando diferenciações em materiais, design e tecnologia.

Tanto em sedans como SUV’s, a Lexus segue bem nesse mercado.

Outra empresa que entendeu o público é a Fast Retailing, sucesso de “Fast Fashion” japonês com a marca Uniqlo, que atingia um público numa determinada faixa de preço, mas que “ficou caro”.

Para atender esse público anterior, criou a GU. Ao contrário da Toyota, fez um “downgrade” de produtos.

Um caso B2B, a Showa Denko, criou a Resonac, que é uma marca mais global, e que mostra seu posicionamento de líder numa das áreas mais quentes no mundo, a de semicondutores.

E mais a FujiFilm criou a Astalift, que tem valor enorme, baseado na sua experiência com filmes fotográficos. Antítese da Kodak.

Esses casos, mostram que a marca passa por constantes provas de percepção de valor. E a empresa precisa entender as aspirações do público para seguir investindo ou não nessa percepção de valor.

Ou criar novas marcas de valor, ou comprar, caso da LVMH.

Brand equity não é barreira de entrada, mas leva tempo para ser construído/destruído. Tomar a decisão certa é o maior desafio, ex-post, acertar como a FujiFilm, é para poucos nesse nível global.

Indo ao extremo, depois que a SpaceX fez um foguete que dá ré, difícil enxergar algo com barreira de entrada no decorrer do tempo.

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Leo Caroli's avatar

O reflexo é pensar a LVMH pelo luxo. Mas a questão é que se trata de um conglomerado construído por um dos maiores alocadores de capital do seu tempo. Não dá pra pensar a LVMH sem ter isso na cabeça.

A gente olha pra Berkshire e o tema da alocação, por causa de Buffett, é logo o que pensamos. Esse não é o mesmo gatilho de pensamento que temos com a LVMH mas na essência é isso que ela é. É daí que deriva boa parte do seu valor econômico.

Difícil pensar que as marcas teriam o mesmo destino fora da umbrella de Arnault, ainda que mantivessem o alto valor de marca. Taí a Tiffany nos últimos dois anos. Eu acho que essa diferenciação das marcas + alocação da LVMH casa com o que Greenwald tenta passar. Outros casos tipo a própria Hermès já acho que são uma história um pouco diferente. Talvez pra um outro dia...

Parabéns pelo post!

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